segunda-feira, 24 de março de 2014

Videogames e Crianças Autistas

De acordo com a avaliação da Organização Mundial de Saúde (OMS), o autismo afeta 21 em cada 10 mil crianças.
Segundo avaliação do médico Dráuzio Varella, "o autismo é um transtorno global de desenvolvimento marcado por três características fundamentais: inabilidade para interagir socialmente; dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos; comportamento restritivo e repetitivo".

E, ao que tudo indica, os videogames são os mais novos aliados no aprendizado de jovens com esse transtorno.

A escola Steuart W. Weller d'Ashburn, de Virgínia, tem um dos centros especializados nos Estados Unidos em testar, há dois anos, os consoles de videogames com autistas jovens.
Um destes consoles é o Xbox equipado com Kinect, que permite jogar sem controles, usando o próprio corpo através de um sensor que reproduz os movimentos corporais.

O aparelho não foi criado para fins terapêuticos, mas tem se mostrado uma eficiente ferramenta para ajudar jovens autistas. Prova disso são dois dos alunos que se cumprimentam mutuamente, batem nas mãos um no outro ao final do jogo, numa interação não muito vista em portadores do transtorno, que tem com uma das características o déficit de comunicação.
Suas aplicações "os levam a falar, dar instruções para um colega, seguir as instruções de outro", diz Lynn Keenan, professor especializado, salientando ainda a vontade dos alunos em participar dos jogos.

"Muitas crianças podem jogar no mesmo espaço ao mesmo tempo; esse é o primeiro passo do que gostaríamos que conseguissem as crianças para quem a interação social é um desafio e que têm dificuldades para dividir um espaço", acrescenta Dan Stachelski, diretor do Centro Lakeside para o Autismo em Issaquah (Estado de Washington).

Os dados são animadores, ainda mais levando-se em conta o baixo custo do equipamento, cerca de 150 dólares nos Estados Unidos, mas ainda sem comprovação científica devido à diversidade de características de uma criança pra outra. E não se fala em tratamento, e sim de uma ferramenta capaz de facilitar a aprendizagem.

Sem dúvida, uma boa notícia!

Fonte: Revista Exame
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário