quarta-feira, 30 de abril de 2014

Educação: Turno Integral em SP

A jornalista Cecília Ritto, da revista Veja, fez uma matéria sobre um grupo de escolas estaduais de São Paulo que adotou o turno integral como caminho para sacudir e incrementar a rotina escolar.
Hoje, o estudante brasileiro passa, em média, quatro horas e meia por dia na escola - três horas a menos que um aluno americano ou europeu. Descontando as pausas do recreio e outras dispersões, o
período de aprendizado fica ainda mais comprometido.

Na tentativa de reverter esse quadro desfavorável, 182 escolas estaduais de São Paulo estão experimentando o turno integral, onde crianças e adolescentes permanecem em atividades das 7:30h às 17h. Eles podem escolher entre vários cursos que combinem duas ou mais matérias em experimentos que ajudam a sedimentar os conceitos do currículo escolar.
Um dos cursos que mais despertam interesse é o "CSI" (uma alusão ao seriado americano Crime Scene Investigation, um baita sucesso, e que retrata o cotidiano de investigadores judiciais), que interlaça a matemática, a física e a química para elucidar crimes hipotéticos. "O tempo que ganhamos se traduziu em um ensino menos abstrato e mais conectado à vida dos estudantes", avalia Maria de Fátima Rizzo, diretora de uma das escolas. 
Passado o susto inicial pela carga horária expandida, os estudantes aprovam com gosto esse formato de escola mais vibrante e sintonizada com a curiosidade característica dos jovens.

Essas escolas buscam atender o aluno de uma forma personalizada,  onde cada um traça seu projeto de vida,  através de suas aspirações e aptidões. Neste processo, é acompanhado e orientado por um "tutor", profissional que ajuda os estudantes a escolher as disciplinas com as quais tem mais afinidade e interesse. Para desempenharem a função, os professores passam por um treinamento de seis meses, em regime de dedicação exclusiva.

Apenas 4% das escolas brasileiras de ensino médio funcionam hoje em regime integral.
O modelo começou a ser implantado em Pernambuco, há 10 anos atrás, quando um grupo de empresários se interessou por incutir uma cultura de gestão mais moderna nos assuntos escolares, além de contribuir com dinheiro para o êxito do projeto. O resultado deste investimento é que, atualmente, 50% das escolas funcionam em turno integral e dispararam nas notas de avaliação.
Em São Paulo já se percebe a diferença: nas escolas onde o modelo foi adotado as notas de 2013 progrediram 22% (enquanto que o restante da rede de ensino não sofreu alteração).

Segundo o Plano Nacional de Educação (PNE), a meta do governo federal é, daqui a 10 anos, ter metade dos estudantes brasileiros em turno integral. No ano passado foi lançado um programa para canalizar recursos às redes públicas interessadas em ampliar a jornada escolar. Cabe a cada rede apresentar o seu projeto para promover tão indispensável avanço.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Música e Produtividade

Uma pesquisa feita pela Universidade de Miami (EUA), através do Departamento de Musicoterapia, indica que ouvir música durante o expediente de trabalho pode aumentar a produtividade do funcionário.
O estudo foi feito com profissionais de tecnologia e, em geral, aqueles que costumam fazer uso de trilha sonora no trabalho terminam suas tarefas mais rápido e têm ideias melhores, porque o som altera positivamente o humor.



Mas há diferenças nos resultados de acordo com o nível de experiência do profissional. Pessoas com "experiência moderada" foram as que mais se beneficiaram, enquanto não foram sentidos grandes aumentos na produtividade dos mais experientes. Pros novatos, a música pode servir de distração.

Ao ouvir música, é ativada  uma parte do cérebro chamada núcleo accumbens, região que comanda a liberação de dopamina (um neurotransmissor chamado de "químico do prazer"). Mas não basta colocar os fones e correr pro abraço: a quantidade de dopamina liberada depende do elemento surpresa. Isso mesmo! Quando se escuta uma música incrível, porém desconhecida até então, a quantidade de dopamina liberada é bem maior do que quando se escuta a música preferida pela milionésima vez.
A música que ouvimos muda a forma de como nos sentimos.

Segundo matéria da revista Galileu, é possível usar a música a nosso favor para aumentar a produtividade durante o trabalho.
Seguem as dicas:

* Para terminar tarefas chatas e/ou repetitivas rapidamente:
Estudo publicado pela revista Neuroscience of Behavior and Physiology notou que a habilidade de uma pessoa de reconhecer imagens, letras ou números aumentava quando ela ouvia rock ou música clássica. Funcionários de uma linha de montagem cometiam menos erros e trabalhavam mais rápido ouvindo estes tipos de músicas em seus fones de ouvidos.

* Para diminuir a tensão:
Ouvir o gênero musical preferido ajuda a diminuir a tensão, independente do tipo de música.

* Melhorar a concentração:
Prefira músicas já conhecidas ou opte por músicas instrumentais.

* Aumentar a criatividade:
O ideal é um barulho neutro, que não seja o silêncio absoluto, mas que também não é música, tipo o som ambiente de uma cafeteria, por exemplo. Pasme... tem até uma ferramenta que simula o som desse ambiente, o Coffitivity.

* O assunto é novidade?
Então aperte o pause, o silêncio é a melhor opção. Um estudo da Universidade do Instituto de Gales mostrou que pessoas que precisavam decorar uma sequência de sons e números tiveram maiores dificuldades de lembrar da ordem enquanto tocava uma música baixinha de fundo.
Mas ao realizar atividades que você domina total, outro estudo revelou que cirurgiões experientes faziam operações mais rápidas e precisas quando ouviam uma boa trilha musical.



sexta-feira, 25 de abril de 2014

Fofoca nas Empresas


Segundo pesquisa realizada Randstad Corporation e divulgada pela Folha de São Paulo, a fofoca consome 65 horas de trabalho por ano de cada funcionário, e é o principal motivo de aborrecimento e desmotivação nas empresas, agravada atualmente pela expansão no uso das redes sociais.

O problema é tão crescente como uma das principais queixas nas corporações, que o consultor Sam Chapman, fundador da empresa Parson Group e presidente da Empower Public Relations, escreveu o livro "A Empresa Livre de Fofocas - Como manter o ambiente de trabalho saudável e altamente produtivo" (Faro Editorial).


 

Para o autor, falar sobre a vida pessoal e profissional é tão comum quanto destrutivo para as empresas, a ponto de comprometer a produtividade de equipes inteiras, e deixando o ambiente impregnado do "disse-me-disse", do "já sabe da última" (expressões tão usuais, independentes do tamanho e da origem da empresa).

Quanto às críticas que Chapman recebeu relacionadas à liberdade de expressão, ele declara: "a liberdade de expressão lhe dá o direito de expressar o que está em sua mente, mas, se isto extrapola os limites do que é aceitável corporativamente, você deve estar preparado para aceitar as consequências".

O livro apresenta vários casos e sugestões para que os gestores possam se livrar do problema.
É difícil implementar uma política contra comentários maldosos mas, segundo o consultor, o retorno compensa o esforço. Tanto que adotou em sua empresa o conceito de "espaço livre de fofocas" que, mais do que escolha, tornou-se um requisito de trabalho.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Ortorexia

Ortorexia ... você já ouviu falar?

É um transtorno alimentar ainda pouco divulgado, mas que vem preocupando os especialistas. Surge quando a pessoa se torna obsessiva quanto aos padrões daquilo que come, fixando-se exclusivamente na alimentação saudável,  sem químicas, agrotóxicos ou aditivos.
O termo foi usado pela primeira vez pelo médico americano Steven Bratman que, em 2001, após observar episódios constantes de pessoas com problema, lançou o livro "Health Food Junkies" (algo como Viciados em Alimentação Saudável).



Você pode se perguntar: mas essa alimentação natural não é a mais recomendada?
Não da forma e na intensidade com que os ortoréxicos se comportam. A alimentação saudável não deve se restringir a certos grupos alimentares, deve ser balanceada e ter os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo.
Na ortorexia a pessoa fica tão obcecada com o que come que todos os seus pensamentos voltam-se apenas para a dieta, e não se permitem, de forma alguma, nem um pequeno desvio dos alimentos "autorizados". Permitem-se apenas alimentos saudáveis, e vasculham em pormenores o valor nutricional de cada elemento que ingerem. Calorias, nutrientes e vitaminas - só isso é levado em consideração ao compor o cardápio, e qualquer coisa que não está nessa "lista permitida"  não é consumida.

Segundo a nutricionista Lanuzza Meireles, do Hospital Anchieta, no Distrito Federal, o ortorexia também é caracterizada pela obsessão em conhecer a origem dos alimentos, como foram plantados e colhidos, os processos até chegar ao consumidor, contar as calorias e ler o rótulo de cima a baixo - tudo isso são indícios de que os hábitos alimentares podem estar fora do controle. Desta forma, as opções ficam cada vez mais restritas, comprometendo o funcionamento do organismo. "Normalmente, quando a pessoa não sabe a origem do produto, deixa de comê-lo. Pode haver, inclusive, a curiosidade em saber o sexo da animal que foi servido. A resposta influenciará na recusa da comida", afirma Lanuzza.

Geralmente essas pessoas excluem grupos como carnes, laticínios, gorduras e carboidratos, e não fazem a substituição adequada, o que pode levar a carências nutricionais. Assim, anemia e osteoporose podem ser algumas das consequências desse distúrbio a longo prazo, potencializadas pela perda de peso acentuada. "Há grande necessidade no corpo de vitaminas e minerais, principalmente o ferro e o cálcio. Sem eles, existe um comprometimento da saúde do indivíduo", explica a nutricionista Lanuzza.

O transtorno também prejudica as relações sociais. Jantares fora de casa, reuniões e eventos se tornam um problema, pois nessas ocasiões há um risco maior de "quebrar as regras". Pode haver um isolamento porque o fascínio pela dieta saudável torna-se o centro da vida da pessoa, que acredita estar fazendo as escolhas certas.

Segundo a nutróloga Maria Del Rosario, diretora científica do Departamento de Transtornos do Comportamento Alimentar da Associação Brasileira de Nutrologia, para tratar um ortoréxico é feito um histórico alimentar do paciente para identificar as carências nutricionais, observa-se se há unhas quebradiças e queda de cabelo e, deste modo, identificar os problemas que a má alimentação trouxe ao organismo. Pode ser recomendada a suplementação e adequação da dieta e, em casos mais complexos, até o encaminhamento ao psicólogo e/ou psiquiatra.

Para evitar o transtorno alimentar é recomendado o bom senso na ingestão dos alimentos, compor um cardápio balanceado e variado, contendo porções dos diversos grupos alimentares necessários à saúde, e não ficar restrito (e muito menos obcecado) apenas a este ou aquele tipo de alimento. Em caso de dúvida, procure um especialista para esclarecer quais benefícios de cada alimento e de que forma montar um cardápio adequado para as necessidades de uma vida realmente saudável.

Fonte: alimentacaosaudavel.org/ Revista Donna


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Bagunça

Pode entrar... só não repara a bagunça...
Quem nunca disse e/ou ouviu essa frase?



Segundo pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, um ambiente bagunçado limita a capacidade do cérebro de processar informações e guardá-las na memória, atrapalha a nossa capacidade de prestar atenção em uma atividade, e essa condição leva ao estresse e à irritação.

"A energia que a bagunça exige do nosso cérebro acaba por cansá-lo mais rápido", afirma a psiquiatra e psicoterapeuta Luciana Gioia de Deus. A médica usa como exemplo o processo de se vestir: em um guarda-roupa bagunçado a gente não consegue encontrar com facilidade a peça que quer. Mas, se estiver em ordem, é só bater o olho que o cérebro localiza e decide o que vestir. "É uma economia de energia cerebral que pode ser aproveitada em outras atividades do dia a dia", avalia Luciana.
Se isso acontece logo nas primeiras horas da manhã, de procurar e não achar uma determinada roupa para vestir, já deixa aquela sensação de frustração e cansaço pelo resto do dia.

Talvez por isso o processo de mudança de endereço seja tão penoso para grande parte das pessoas - uma casa nova, cheia de caixas espalhadas e com objetos misturados pelos cômodos, é uma poluição visual que acaba por estressar e distrair os moradores.

Essa relação entre bagunça e concentração vale tanto para o ambiente doméstico quanto o profissional. E, no escritório, o quadro se agrava por conta das exigências de produtividade. "Quanto mais estímulo visual, mais dificuldades o cérebro vai ter de se concentrar no que é mais importante na ocasião. Não precisa nem ser o ambiente de trabalho todo. A mesa já pode ser suficiente para atrapalhar", diz o psiquiatra Duílio Antero de Camargo, coordenador do Grupo de Saúde Mental e Psiquiatria do Trabalho do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de São Paulo.
Essa perturbação pode afetar o coletivo, e não se limita a encontrar um objeto específico no meio da desordem, mas o fato é que a bagunça em si é o que causa a poluição visual e, consequentemente, a distração.



A dica é: reserve 15 minutos por dia para organizar qualquer coisa, seja uma gaveta, um armário, a despensa, a mesa de trabalho ... esse tempo pode parecer pouco, mas faz uma enorme diferença.
"Organização é sinônimo de qualidade de vida", afirma a organizadora pessoal Valéria Duarte.
O mais comum é a pessoa não saber como começar a arrumação então, o ideal é fazer um plano de ação e se concentrar na tarefa, de modo que a própria pessoa possa manter as coisas organizadas no dia a dia. "O ganho de tempo e a qualidade de vida são os principais benefícios", incentiva a organizadora.

Fonte: Portal UOL

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Professores sem formação

No Brasil, 51,7% dos professores do ensino médio não tem licenciatura na disciplina que dá aulas.
Os dados são do Censo Escolar 2013, e foram compilados pela ONG Todos pela Educação.
Notícia triste para começar a semana ...



Na disciplina de Física, 80% dos professores não são formados na área, e em Química 66,3%. Artes é a matéria com maior deficiência, pois apenas 14,9% dos professores são licenciados. Já o melhor índice é em Língua Portuguesa, onde 73,2% dos professores são formados na área.

O Nordeste é a região com pior situação:  66% dos docentes não são formados na área em que dão aula. No Centro-Oeste o índice é de 60,5%, na região Norte é 55%, no Sul é 41,9% e no Sudeste o percentual é de 42%.

Nos anos finais ensino fundamental a situação é ainda mais alarmante: 67,2% dos docentes não são habilitados. E o Nordeste segue com os piores índices, com 82,4% dos professores não formados nas áreas em que atuam, seguido pela região Norte (81,9%) e pelo Centro-Oeste (64,3%).
Nessa etapa do ensino, apenas 28,1% dos professores de Geografia são formados na disciplina, em História são 31,6%, e em Ciências são 34,2%. 

Uma auditoria feita em março pelo Tribunal de Contas da União, indicou uma carência de 32 mil professores com formação específica nas 12 disciplinas do nível médio.
Foi-se o tempo que o sonho de toda menina era ser professora. A profissão já não mais encanta os jovens, principalmente pelos baixos salários oferecidos - o piso nacional de R$ 1.697,39 para 40 horas de trabalho deixa muito a desejar.

Pros que decidiram seguir carreira em sala de aula, é cada vez maior a insatisfação e o desprestígio profissional, causando uma evasão para outros mercados de trabalho.
A formação e a valorização do professor é uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que está em discussão na Câmara dos Deputados e deve ser votado em 22 de abril.

E já é tarde ... uma pesquisa internacional feita em outubro de 2013, mostrou que, entre 21 países, o Brasil fica em penúltimo lugar em relação ao respeito e à valorização dos seus professores ...

Quantas gerações serão necessárias para mudar este cenário para melhor?

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Home Office

Fugir do trânsito caótico? Maior independência no gerenciamento do tempo? Trabalhar na empresa em meio período? Ter mais qualidade de vida pessoal e profissional? Quem não quer ...



O home office é uma realidade recente em muitas empresas, e vem crescendo em todo o mundo. É a prática de trabalhar em casa, tendo um escritório no lar a fim de cumprir total ou parcialmente as tarefas de trabalho, sem a necessidade de se deslocar até o escritório da empresa em que trabalha.

Segundo o Top Employers Institute, empresa que pesquisa e certifica as práticas de Recursos Humanos em todo o mundo, 15% das companhias brasileiras aderiram ao home office para os seus colaboradores - em 2013 esse índice era de 6%. Para ser ter uma ideia desse modelo, no Reino Unido 65% dos profissionais trabalham em casa, na Holanda 60% e na Alemanha 58%.

Outros dados desta pesquisa mostram que 45% das empresas brasileiras têm práticas de trabalho com tempo flexível, enquanto que a média mundial é de 77%.
Essa mudança de perfil mostra que as empresas brasileiras estão de moldando ao novo mercado de trabalho e  às novas realidades da sociedade. "As tecnologias estão aproximando as pessoas, ao mesmo tempo em que o trânsito e os custos de locomoção dificultam os trajetos das pessoas. Assim as empresas estão encontrando meios de seguirem produzindo, mantendo o colaborador ativo e alinhado com a companhia", diz Fabiane Panaro, responsável pela Top Employers no Brasil.

Mas nem tudo são flores... Segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia e da London Business School, quem trabalha em casa tem menos chances de ser promovido. Em outras palavras, está valendo o ditado "quem não é visto, não é lembrado". Depois de 10 anos de pesquisa, eles concluíram que os funcionários presenciais são mais lembrados entre os grupos que cumprem seus horários e os que excedem suas jornadas - ou seja, o tempo que a pessoa passa no escritório afeta a sua avaliação. Quando se trata de uma pessoa que cumpre seu horário de trabalho, os diretores foram 9% mais propensos a dizer que era confiável e responsável. Esse índice sobre para 25% quando se fala de um colaborador que excede o tempo de trabalho.

Censo 2010:
Dados do Censo de 2010 apontam que mais de 30 milhões de brasileiros optaram pelo home office, ou seja, dos 68,2% com alguma ocupação profissional, 23,1% executa as tarefas direto de casa.
O baixo custo é um dos principais atrativos que levam a migração de profissionais autônomos para o home office. Mas o principal risco de quem decide trabalhar em casa é não saber a hora de parar e dar fim ao expediente de trabalho.



Como render mais no home office?
* Se organize e estabeleça horários e rotinas.
* Tenha um local adequado, o ideal é ter o seu próprio cômodo para que não interfira na rotina da casa e dos outros moradores.
* Tenha disciplina, concentração e foco.
* Mantenha o equilíbrio entre vida doméstica e profissional.
* Tenha privacidade e evite que outras pessoas entrem no escritório para usar o telefone ou o computador,  por exemplo.
* Evite o isolamento profissional.

Fonte: Revista Pense Empregos
 

 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Dor nas Costas

Dois estudos publicados na semana passada apontam que as dores lombares são a principal causa de incapacidade no mundo, e respondem por um terço dos casos de invalidez provocados pelo trabalho.
Pesquisadores americanos e australianos se basearam em  estatísticas de 187 países, e apontam que a lombalgia afeta 9,4% da população mundial, incluindo crianças. Estes resultados situam os problemas lombares na primeira posição das patologias em relação aos anos de vida sofrendo uma incapacidade.

 



O problema aumenta com a idade, o que provocará um forte incremento de pessoas com dores lombares em países menos desenvolvidos nas próximas décadas, adverte um dos estudos publicado nos Anais de Enfermidades, uma revista ligada ao grupo British Medical Journal.

Os agricultores (tem quatro vezes maior possibilidade do que trabalhadores de outros setores) e pessoas entre 35 e 65 anos formam o maior grupo de risco, pois transportam cargas mais pesadas e trabalham em posições 'delicadas'.

No Brasil
Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostram que a dor nas costas está entre as principais causas de aposentadoria por invalidez. Entre janeiro e novembro de 2012, mais de 116 mil pessoas receberam auxílio-doença por esse motivo.

E cada vez pessoas mais jovens são acometidas pelas dores. "Estudos mostram que o problema é a "geração computador", jovens que trocam a prática desportiva pelo computador, assim como as profissões, em sua maioria, facilitam que a pessoa fique mais tempo sentada, há uma sobrecarga muito grande na coluna, principalmente quando não se senta corretamente",  diz Helder Montenegro, presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna.

Também o sedentarismo, a má postura, a obesidade e o fumo podem causar dor nas costas. Só as caminhadas não são suficientes para fortalecer os músculos da coluna e evitar as dores, já o pilates e a musculação podem ajudar bastante, desde que praticados com profissionais capacitados. A acupuntura também pode ser boa aliada como método complementar no combate as dores.



Fazer uso de medicamentos para aplacar as dores, só com prescrição e acompanhamento médico, para que seja indicado o melhor tratamento e investigar a causa. Relaxantes musculares ou analgésicos pode ser uma estratégia desaconselhável e até resultar em dano ainda maior - a pessoa deixa de investigar a causa e o problema pode se agravar.

Consulte um especialista em caso de dores irradiadas (as que percorrem um caminho ao longo do corpo), formigamentos e dormência nos membros, falta de força, contraturas musculares nas regiões lombar e cervical, e dores locais ou decorrentes de posturas mantidas.
 
Fonte: Bem-estar/ Jornal Zero Hora

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Frustração

Frustração é um sentimento, uma emoção que ocorre quando algo que era esperado não acontece.
É quando uma pessoa não está feliz por não ter um desejo satisfeito, mas também existem pessoas que tem complexo de frustração, que se decepcionam por qualquer coisa.
E não adianta ... por mais que a gente tente se preservar, a frustração é inevitável e faz parte da vida.



Mas a frustração pode ser encarada como uma oportunidade de aprendizado, se aceitarmos que nem sempre teremos nossas expectativas atendidas. A vida não acontece da forma que a gente quer, e sabendo lidar com isso nos tornamos pessoas mais maduras, a ter autocontrole e tolerância.

"Quando você descobre que o mundo não é como gostaria, percebe que precisa se adaptar a ele. A capacidade de tolerar as frustrações é um componente da inteligência emocional. E não é possível viver em sociedade sem essa habilidade", afirma a psicóloga Lilian Graziano, doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP).

E como os pais podem lidar com isso com os seus filhos?
Se olharmos a nossa volta, com ritmo de vida frenético, muitas vezes delegando a babás e escolas de turno integral a educação dos filhos, muitos pais tentam compensar a ausência atendendo a todos os pedidos dos pequenos. Pais que acreditam ter que corresponder a todas as expectativas dos filhos, não impondo limites ás vontades deles estão, na verdade, prejudicando-os. À primeira contrariedade, poderão cair em tristeza profunda, ficar com a autoestima abalada, ou então encarnar aquela cena desagradável de criança se jogando no chão, aos berros, quando lhe é negado alguma coisa. E pensar que na vida adulta, ao interagir com outras pessoas, elas não serão poupadas ...
"Crianças superprotegidas dessa forma acabam tendo mais dificuldades de conviver com os outros, além de apresentarem problemas para lidar com as próprias falhas", afirma Lilian.

O ideal é usar o sentimento de frustração como um impulso para buscar novas alternativas e seguir em frente,  não ficar paralisado diante do que deu errado, analisar se vale a pena insistir ou ir atrás de outras opções, o famoso "plano B".
Também vale tentar identificar de que forma as nossas atitudes poderiam ter contribuído para mudar o rumo da história.
"No amor isso é muito comum. A pessoa escolhe sempre o mesmo tipo de parceiro e se frustra, mas não enxerga a responsabilidade dela na maneira como o relacionamento se desenvolve", diz a psicóloga Andreia Calçada, especialista em neuropsicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

É importante enfrentar a situação, refletir e buscar outras maneiras de se realizar. Frustração faz parte da vida, mas são nossos desejos e objetivos que nos motivam a dar a volta por cima e seguir em frente. Mas é fundamental entender que nem tudo está sob nosso controle, que de nada adianta colocar nossas expectativas nas mãos dos outros, muito menos depositar altas esperanças em coisas ou pessoas, para evitar se magoar e esperar algo que possa vir a não acontecer.


Fonte: Uol Mulher

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Obesidade Infantil

Foi-se o tempo que um bebê fofinho e cheio de dobrinhas era sinônimo de criança saudável - que nossas avós não nos ouçam.
Hoje sabemos que a obesidade é uma doença que pode acarretar diversos outros males, como diabetes e hipertensão.
Pesquisa do pediatra Mauro Fisberg, da Universidade Federal de São Paulo, mostra que 22% das crianças entre dois e cinco anos estão com sobrepeso (mais do que nos Estados Unidos, considerado o país mais gordo do mundo), e 6% delas já são consideradas obesas. E é grande o índice de crianças obesas que se tornam adultos obesos.


 
O documento "Obesidade na Infância e Adolescência: Manual de Orientação do Departamento Científico de Nutrologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria)" relata que os mil primeiros dias do bebê (incluídos a gestação) é uma fase decisiva para o desenvolvimento da obesidade.
O "Estudo Nutriplanet Danone Baby Nutrition – Revisão Sistemática da Literatura Científica sobre o Contexto Alimentar e Nutricional de Gestantes, Lactantes, Lactentes e Primeira Infância", de 2012, revelou que 31% das grávidas brasileiras são obesas e se alimentam a base de carboidratos, proteínas e sódio, deixando de lado a ingestão de fibras, cálcio, ferro e outros grupos alimentares.

Engravidar com sobrepeso ou engordar demais durante a gestação faz com que a mulher dê à luz bebês mais gordinhos, o que pode persistir até por volta dos quatro ou cinco anos de vida da criança. Os hábitos alimentares da mãe (bons e maus) influenciam o bebê desde o útero: ao consumir o líquido amniótico para desenvolver o trato gastrointestinal, o feto acostuma-se aos diferentes sabores consumidos pela mãe. E aí começa a se desenvolver o paladar infantil. Por isso, quanto mais saudável e variado o cardápio da mãe, melhor para a saúde de ambos.

O leite materno tem todos os nutrientes necessários para os seis primeiros meses de vida do bebê mas, se  ele está engordando demais só com as mamadas, é bom analisar a dieta da mãe, que pode estar consumindo muito açúcar a ponto de comprometer a composição do leite, alerta Fabíola Suano, pediatra membro do Comitê de Nutrologia da SBP e uma das autoras do manual citado acima.

Ute Alexy, pesquisadora da Universidade de Born, na Alemanha, atesta que crianças alimentadas com fórmulas nos seis primeiros meses ingerem 1,6 vez mais proteínas por quilo de peso dos que as alimentadas no peito. E ao ingerir mais proteína do que o necessário, pode acontecer o aumento da secreção de insulina, contribuindo para o armazenamento de células gordurosas. Sem falar que mamar no seio exige mais esforço da criança, enquanto que na mamadeira ela pode acabar ingerindo mais do que precisa, pois a sucção é mais fácil.

Ao ser introduzida a alimentação sólida, a partir dos seis meses de vida, e durante a primeira infância, é necessária a orientação de um pediatra, pois a criança tem necessidades nutricionais diferentes por estar em fase de crescimento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), neste período ela dobra de tamanho e o peso aumenta cinco vezes. Nesta fase, é indicado não adicionar sal e outros temperos, principalmente os industrializados. E óleo vegetal, se for o caso,  só no final do preparo do alimento (ao ser usado para refogar ele se transforma em gordura trans, que colabora com um ganho de peso não saudável).


Dicas para hábitos alimentares saudáveis:
* Crie um ambiente tranquilo na hora das refeições, sem televisão, para que a criança saboreie os alimentos e não se distraia comendo demais.
* Não oferecer sucos e outros líquidos durante as refeições, principalmente os gasosos. Eles causam distensão gástrica e aumentam a capacidade de ingestão de comida.
* Nada de engrossar o leite com farinhas e outros produtos - fornecem mais calorias do que a criança precisa. E evite adoçar o leite até os 11 meses de vida.
* No caso de sobremesa, evite as lácteas por um período de uma hora após a refeição. O cálcio interage com o ferro da comida e prejudica a absorção de ambos no organismo.
* Em vez de salgadinhos de pacote (fonte de sódio e gorduras), prefira pipoca feita em casa, com óleo de soja. E nada de deixar o saleiro à mesa.
* Dê preferência aos alimentos integrais, ricos em fibras que facilitam o trânsito intestinal e ainda criam uma barreira que dificulta a absorção de açúcar e gordura.
* A partir dos dois anos, substitua o leite integral e seus derivados pelos de baixo teor de gordura.
* Reserve um tempo para fazer caminhadas e atividades ao ar livre, como andar de bicicleta. Também controle o tempo que a criança está inativa, assistindo TV ou no videogame - duas horas por dia é um bom período.
* Variedade no cardápio é fundamental, ofereça alimentos novos, capriche num visual atraente, teste cada um em diferentes tipos de preparo. Mas lembre-se: de nada adianta querer que a criança coma legumes, verduras e frutas se o restante da família só se alimenta de carboidratos, por exemplo. Cada alimento deve ser apresentado pelo menos por 10 vezes, de preferência em diferentes formas, para só então ser taxado como não aceito.


Fonte: Portal UOL
 

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Poluição

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta: cerca de 7 milhões de pessoas morreram em 2012 por exposição à poluição o ar.
Reduzir a poluição poderia salvar milhares de vidas, pois os dados comprovam que este é o maior fator de risco ambiental para a saúde humana, acarretando doenças coronárias e acidente vascular cerebral (AVC), dentre outras. Uma em cada oito mortes foi causada pela exposição à poluição.



Segundo o estudo, a poluição do ar interior (fogões a carvão e lenha, por exemplo) esteve relacionada a 4,3 milhões de mortes, enquanto a poluição exterior originou cerca de 3,7 milhões de mortes no mundo.

Os números dizem respeito às avaliações cada vez mais detalhadas e rigorosas, por meio de melhores medições e tecnologias. E revelam a ligação entre as exposições externas e internas em relação às doenças cardiovasculares já citadas, além de câncer, e doenças respiratórias (incluindo infecções agudas e doenças pulmonares obstrutivas crônicas).
Segundo os dados da OMS, 80% das mortes por poluição do ar interior devem-se a doenças cardiovasculares, como a cardiopatia isquêmica (40%) e o acidente vascular cerebral (40%). A doença pulmonar obstrutiva crônica soma 11%, o câncer de pulmão 6%, e as infecções respiratórias agudas em crianças respondem por 3%.

No que diz respeito à poluição do ar exterior, 34% das mortes devem-se ao AVC, 26% à cardiopatia isquêmica, 22% à doença pulmonar obstrutiva crônica, 12% a infecções respiratórias agudas em crianças e 6% ao câncer de pulmão.

Os países do Sudoeste Asiático e do Pacífico Ocidental são os que registram o maior número de mortes. "As mulheres e as crianças pobres pagam um preço elevado pela poluição do ar interior porque passam mais tempo em casa, respirando fuligens de fogões a carvão e a lenha", explicou Flavia Bustreo, diretora adjunta da OMS para a Saúde da Família, Mulheres e Crianças.